Patagônia Argentina - Parte 3 - Centro de Interpretação Histórica Calafate








No último dia em El Calafate, resolvemos não fazer nenhum passeio, apenas andar e conhecer a cidade. Aproveitamos para dormir até um pouco mais tarde e logo depois do café saímos para caminhar. 

Andamos pela avenida principal da cidade, onde visitamos algumas lojas. Paramos na Intendência Parque Nacional los Glaciares para fazer uma visita. No local, há um centro de informações sobre o Parque, o glaciar, os povos indígenas que habitavam a região antes da chegada dos colonizadores.  Apesar de ter me chamado a atenção logo que cheguei na cidade e de ser um lugar muito bonito, praticamente não tirei fotos. Na verdade, meu celular resolveu dar pane durante a viagem e me desanimou tirar fotos em muitos lugares que visite. 




Seguimos para conhecer o Centro de Interpretação Histórica Calafate. É um pequeno museu e me pareceu que não é muito conhecido nem divulgado. A visita não é orientada, mas é bastante fácil compreender a dinâmica e as informações. 

A exposição começa com o histórico da região a partir do registro dos animais pré-históricos que viviam na região e as mudanças climáticas que afetaram as mudanças biológicas e geográfica locais.









A exposição também apresenta um histórico das primeiras ocupações humana da região. E faz uma apresentação espetacular dos impactos advindos da invasão dos europeus na região desde a descoberta da América. A região era habitada pelos índios Tehuelches, com quem o explorador Fernão de Magalhães estabeleceu os primeiros contatos, em 1520.

Mas a ocupação das terras patagônicas só se deu no século XIX, trazendo enormes prejuízos para as populações locais. Assim como em todo o continente, o povo Tehuelches sofreu com a invasão de seus territórios, a disseminação de doenças trazidas pelo colonizador que matou inúmeros nativos, o projeto de aculturação do governo argentino que pretendia ou exterminar esses índios para tomar-lhes suas terras ou incluí-los à sociedade nacional mudando seus hábitos tradicionais.













Os Tehuelches, como indivíduos, não estão extintos. Algumas pessoas se reconhecem como de ascendência Tehuelche, mas parece que não há falantes da língua. Os índios na Patagônia só sobrevivem na memória.

Endereço do Centro de Interpretação Histórica de El Calafate
Avenida Almirante G. Brown/Rua Guido Bonarelli 




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